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Marcação a mercado: Anbima cria nova regra para ativos de renda fixa

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Nova modalidade traz mais informações para o investidor, proporcionando mais transparência e segurança na hora de vender os ativos

Ao comprar um ativo de renda fixa com vencimento para três, cinco ou dez anos, provavelmente, os títulos passarão por grandes oscilações de mercado, que podem aumentar ou diminuir seu preço nesse percurso. Para garantir a transparência desses papéis, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estipulou uma mudança para que os títulos reflitam de forma mais assertiva o valor atualizado da carteira de clientes. O novo método, a marcação a mercado, passa a valer a partir de 2 de janeiro de 2023 para todas as instituições distribuidoras de títulos de investimento, incluindo bancos e corretoras.

Na prática, a mudança fará com que o valor dos ativos reflita o que está em negociação no mercado no dia. Mas, fique tranquilo, se você manter seu investimento até o vencimento, receberá o valor correspondente à rentabilidade contratada no momento do investimento, independentemente das variações do preço do título ao longo da aplicação, assim como já funciona atualmente.

Esse método já é aplicado nos Títulos Públicos adquiridos por meio do Tesouro Direto, e a partir do primeiro dia útil de 2023, a Anbima incluiu Debêntures, CRAs, CRIs e Títulos Públicos Federais negociados no mercado secundário. Mas, ainda ficam de fora CDBs, LCAs e LCIs e FIDCs.

Quem será impactado?

A regra valerá para Pessoas Físicas e Jurídicas e será compulsória para os investidores gerais. Para os qualificados (aqueles que possuem acima de R$1milhão investidos), fica a critério do investidor o modelo de visualização. 

Vale ressaltar que no caso de venda antecipada, as condições aplicáveis são as vigentes no mercado para todos os investidores, como já acontece.

Como funciona atualmente?

Os títulos de renda fixa são demonstrados na carteira pelo valor de “marcação na curva”, que corresponde ao valor da aquisição do título, atualizado diariamente pelo indexador (por exemplo, inflação ou CDI) e dos juros relativos à remuneração do papel, aproximando o valor visualizado pelo investidor da rentabilidade do papel, se for mantido até o vencimento. Nesse formato, o investimento não reflete o real valor do investimento caso ele seja vendido antes do vencimento, pois entre a data de compra e o vencimento esse título varia.

E como funcionará a partir de 2023?

A taxa utilizada para atualização do título é a que estiver sendo negociada no mercado, que costuma alterar diariamente. A oscilação dos títulos antes do vencimento também é função, além das condições de mercado, do prazo e do indexador: quanto mais longo o prazo (duration), mais sensíveis serão os títulos à marcação a mercado.

O que influencia a marcação a mercado?

Os principais fatores que influenciam o método são: a taxa básica de juros, a inflação e o cenário econômico, com os acontecimentos políticos e sociais, tanto locais como do mercado externo. Além disso, o interesse de investidores e os valores dos novos títulos emitidos também podem influenciar na precificação.

Atenção

O preço da marcação a mercado é um indicativo do valor de negociação do ativo e não necessariamente o valor exato que o investidor receberá no caso de venda antes do vencimento, uma vez que pode haver outras variáveis que afetam o preço para cima ou para baixo, como o risco de liquidez imediata do mercado, bem como os custos de transação.

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